quinta-feira, 29 de julho de 2010

feeling empty

É, acho que hoje eu percebi o valor que alguém tinha na minha vida. Eu respirei dias e dias, andei dias e dias, fui a todos os lugares, menos no meu mais oculto e delicioso campo de mutilação: meu digníssimo coração. Acho que indo para outro lugar, me perdi, e acabei . Normalmente quando vamos a lugares que não costumamos ir a muito tempo, muitas coisas mudam, coisas esquecidas vem à tona, sensações cheiros e lembranças te invadem.Não foi diferente, quando eu entrei lá, tudo do que eu me esquivei durante meses, sem nem ao menos pensar que continuava comigo, estava lá na minha parte mais oculta, e eu a vi como num filme, tudo passando por mim [tipo filme em 3D sabe? Agente vê em cima de nós, mas não há como pegar. É só projeção. /fato.] e quanto mais se via, mais falta se sentia. E ao terminar do filme-inacabado, você sente um vazio. Todas aquelas memórias a que renunciou vem à tona, da maneira mais chata possível: o choro. Quando eu era pequena eu achava que o choro, eram sentimentos em liquido, e eu brincava de guardar num copinho, para guardar ali, a sensação mais sincera que um ser humano pode ter [oh, brincadeira legal. \o/], mas era bem mais fácil quando o copinho era simplesmente de joelhos machucados, barbies roubadas, coisas que não eram conseguidas, briguinhas. Mas hoje não, foi mais ou menos assim... Imagine chorar por aquilo que você sabe que não vai ter mais, por aquilo que você teve e perdeu, e que simplesmente agora está fora de estoque, em falta, acabado. E pqp você tinha aquilo, isso é o que me deixa mais ‘p’ da vida! Tinha para você, com você, e é como as pessoas dizem: agente só dá o devido valor quando perde, pois é essas pessoazinhas tinha de fato razão. É, para mim, o que eu tinha, eu simplesmente tinha, eu nunca me lembro de ter procurado por ele, até saber que tinha sumido. E que não encontraria mais. Fora roubado de mim? Slá. Mas não está mais aqui. E quem o roubou, levou uma parte de mim, que eu nem sabia que tinha, mas que por ironia da vida me era necessária. Lembranças-lembranças-lembranças não há quem diga que não as tenham, todos tem. Sempre tem. Eu tenho certeza também que aquilo também se lembra de mim, não se sabe como, mas lembra. Blábláblá e o coração como fica? Machucado. Mas no fim, depois de muitas lagrimas, muitos copinhos cheios, muita musica deprê, e muuito mais muito DRAMA [admita: é muito drama meesmo | admita²: e agente gosta de fazer drama, afinal drama é legal pô, é por isso que os filmes de drama fazem tanto sucesso #trash] mas no fim das contas só o que pode ser feito é: virar as costas, andar e correr o mais rápido daquela sala esquecida, é fácil, é como entrar só que dessa vez é sair.

beijs, Carol.

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